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Timothy Dalton: o James Bond (injustamente) esquecido!


Quando se fala na saga 007, particularmente nos actores que interpretaram o agente, salta logo à boca o nome de Sean Connery, pois foi o 1º, moldou o cânone e personalidade do agente e porque teve uma longa e profícua carreira na 7ª arte. Ganhou um Óscar e tudo! Aliás, Ian Fleming inventou antepassados escoceses para James Bond (lembram-se de Skyfall?) por ter gostado tanto de Connery! Bem de perto, aparece Roger Moore, porque foi o recordista de presenças e de tempo. Pierce Brosnan, bom para "pegar" na estaca de 6 anos de intervalo na saga ("GoldenEye" ainda hoje parece muito à frente), hoje parece ultrapassado. Quer temporalmente, quer em relevância. O culpado? Um Daniel Craig, que trouxe um "novo" James Bond. Retiremos da equação o australiano George Lazenby, que teve a sorte de ter um excelente filme para trabalhar a personagem, "Ao Serviço de Sua Majestade", mas foi um Bond totalmente insípido. O pior! 

Falemos antes sobre o galês Timothy Dalton. Em 1987, após 12 anos de Roger Moore, o corte é radical! Dalton tem apenas 41 anos, é um credenciado actor de teatro, mas muitos duvidam dele. A saga, agora já com 25 anos e claramente a mostrar "cansaço", aposta numa cara nova. "The Living Daylights" refrescou claramente a personagem, mas muitos estranharam o novo estilo: mais rude e... bruto, ao contrário do sempre impecável e encantador Moore. Mas ao segundo filme de Dalton, "Licence To Kill", o rompimento ainda foi mais longe: um Bond ainda mais "dark", que sai dos Serviços Secretos e vai atrás de vingança! Pior: o filme não foi devidamente promovido nos EUA. Em resultado disto, as receitas de bilheteira caem a pique e o futuro do agente 007 é posto em causa! Lógico que o resultado disto foi remeter Timothy Dalton a um nível quase similar ao de Lazenby, segundo os apreciadores da saga. 

Durante muito tempo "esquecido", creio que os anos têm sido generosos para com a apreciação que fazemos do James Bond "Daltoniano"! É um tema recorrente na comunidade de fãs. Isto acontece por três motivos. O primeiro, parece-me, é a enorme qualidade do actor em si. É treinado em teatro "shakespeareano" e foi habituado desde muito novo a conviver com os melhores. Em segundo lugar, os dois filmes em que participa são muito bons. Em terceiro lugar, temos o novo 007 trazido por Daniel Craig. Os elogios que se fazem ao "Blond Bond": realista, duro e mais humano, servem na perfeição a Timothy Dalton! Ou seja, 19 anos antes de "Casino Royale", já em "The Living Daylights" se havia cortado com o humor "nonsense" na série (e com os "gadgets" malucos). Inclusive, vemos James Bond disposto a executar alguém a sangue frio. E "Licence To Kill" é pura e simples vingança pessoal, onde 007 despoja-se de tudo para eliminar aqueles que fizeram mal aos seus... 

De facto, olhando aos dois filmes que Dalton protagonizou, estes ficam claramente a saber a pouco, deixando-me curioso por mais! Até onde poderia ir a personagem nas mãos do galês...
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About Simon

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1 minis fresquinhas :

Ricardo Silva disse...

Muito interessante senhor Simon! Bem visto!